Dia Internacional da Mulher

Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje, surgiu no início do século XX como reconhecimento e símbolo da luta das mulheres por igualdade de direitos sociais, econômicos e políticos. De lá para cá já percorremos um longo caminho pela igualdade de direitos. Conseguimos direitos simples como o de usar calças e não saias sem provocar estranheza ou constrangimento, aos mais complexos, como o direito ao voto, exercer atividades de chefia e desempenhar cargos que a maioria espera que somente homens ocupem como piloto de avião, motorista de caminhão e ônibus, altos cargos políticos e CEO de multinacionais, lutadoras de MMA, jogadoras de futebol.

Ainda falta? Falta o básico: respeito às mulheres. O começo deste ano no Brasil foi marcado com diversas notícias de feminicídio, uma palavra que por si só não deveria existir, pois o significado que ela traz é total sem sentido. O ano passado foi marcado novamente por uma discussão sobre a igualdade de salários entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo, numa mesma empresa. Isso sem falar das minorias: mulheres negras, indígenas, quilombolas, das mães solteiras etc.

Nós somos igualmente capazes. Nós somos igualmente inteligentes. Nós somos igualmente sagazes, perspicazes, competentes. Também fazemos um trabalho de excelência. O que as vezes pode divergir é o caminho, as estratégias que escolhemos para atingir o objetivo final.

E sobre essa forma que parece peculiar e errada para alguns é o que muitas vezes nos faz sentir mulher. É ter uma reunião com chefes de estado e estar atenta às últimas tendências da moda, para além de falar bonito, se sentir bonita. É redigir a reportagem de capa de um veículo de comunicação nacional e ao mesmo tempo conseguir resolver o problema da briga dos filhos em casa pelo aplicativo do celular. É ter que adiar uma reunião importante no trabalho para ver a final do torneio de futebol infantil do filho. É trabalhar durante o dia, estudar a noite e ainda ter ânimo para sair com o crush, namorado ou marido. É marcar para ir ao salão na hora do almoço e ainda sim conseguir entregar todos os compromissos do dia no trabalho sem fazer hora extra. É, nas horas vagas, gostar de ler Machado de Assis e também de assistir a vídeos de blogueiras. É se emocionar com as obras do Louvre e também quando se ganha um jantar romântico.

Gostar de maquiagem, de moda, design, gostar de cuidar e dar atenção à família, cuidar da casa, gostar de cozinhar, podem sim fazer parte do nosso universo. Mas isso não quer dizer que nós sejamos fúteis, incapazes, inferiores. Isso também não significa que devemos sempre estar impecáveis e atendendo a um padrão estético e comportamental da sociedade (sempre magras, jovens, cheirosas, fitness, alegres, animadas). Nós também cansamos. Nós também temos as nossas fraquezas. Nós também levantamos com o cabelo bagunçado e o rosto inchado.

O que é importante que fique cada vez mais claro é que nós podemos ser o que e como quisermos. E para cada momento da nossa vida, sabemos ser perfeitas dentro das nossas prioridades e metas. Quando se está esperando um filho, estar magra não é a prioridade máxima, ser mãe é a prioridade máxima. Quando estamos começando a carreira, ter reconhecimento do nosso trabalho é a prioridade máxima, então investimos mais em cursos de pós do que em tratamentos estéticos e viagens. Cada época sua prioridade, cada época uma face do nosso prisma da perfeição é revelado.

Parabéns para nós mulheres! Que seja um dia para celebrarmos com orgulho a nossa trajetória e também de reflexão do que ainda temos a conquistar! Um prazer e uma honra ter você como leitora! Nosso objetivo aqui é levar saúde, bem-estar e qualidade de vida para te ajudar a ser o que você quiser ser!

Fernanda Drummond

(Nutricionista, PhD em Alimentos e Nutrição)

Instagram: @fer.drummond

 

 

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